Escola pública ou escola particular? Entenda a diferença entre os dois sistemas de ensino.

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A escolha de uma escola é uma decisão complexa, que envolve diversos aspectos como localização, custo, método de ensino, qualidade do corpo docente e infraestrutura do local. Mas, além disso, fica a dúvida também sobre qual rede de ensino matricular o seu filho. Afinal, qual é a melhor: escola pública ou particular


Para ajudar você a responder essa pergunta, vamos explicar a diferença entre o ensino privado e o público e porquê, apesar do custo, ainda vale a pena matricular o seu filho na escola particular.


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Panorama geral da Educação Básica no Brasil

Atualmente, existem mais de 180 mil instituições de ensino no Brasil, desde creches até o Ensino Médio, das quais 42 mil correspondem à rede privada. Quanto à quantidade de alunos matriculados, são cerca de 51 milhões, sendo que aproximadamente 18% das crianças estudam em escolas particulares. 

Olhando assim, escolher a escola ideal parece até fácil, mas essa decisão nem sempre é tão simples, visto que cada bairro, cidade e estado possui suas particularidades que acabam dificultando a busca por uma instituição de ensino que atenda todas as necessidades dos pais e de seus filhos. 

Escola particular x escola pública? Entenda as diferenças

Na hora da busca pela escola muitos pais pensam "escola pública ou escola particular, qual a diferença?". Além do fato da escola pública ser de “graça” e a escola particular, paga, existem uma série de fatores que diferenciam um sistema do outro, veja a seguir. 

Infraestrutura

A estrutura oferecida pela escola é provavelmente uma das principais diferenças entre a rede privada e a pública. Isso vai desde o acesso ao saneamento básico, até a manutenção de áreas e materiais, como: salas de aula, carteiras, quadras poliesportivas, pátio, cantina e banheiros.

Um levantamento realizado pelo Melhor Escola com base no Censo Escolar de 2019, divulgado pelo Inep, revelou que menos da metade das escolas públicas (46,7%) têm rede de esgoto adequado. Na rede privada, esse percentual sobe para 89%.


Essa disparidade entre a infraestrutura da escola pública e da particular deve-se, principalmente, a frequência de investimento recebido. Em muitas cidades e estados, a verba do governo destinada à educação não é suficiente para fazer as melhorias necessárias nas escolas, deixando muitas em situação precária. Já na rede privada, a manutenção do espaço, de materiais e dos recursos faz parte já estão inseridas no planejamento da escola e, por não depender do governo, acontecem com maior recorrência. 

Tecnologia

De maneira geral, as escolas particulares investem mais em tecnologias que auxiliam e complementam o processo de ensino-aprendizagem. Em um mundo onde quase tudo é feito com um “touch” - ou até mesmo por voz - ter acesso à recursos tecnológicos não é um luxo, mas sim uma necessidade.

Desenvolver habilidades em lidar, programar e utilizar a tecnologia de maneira eficiente é uma forma de preparar as crianças para viver na sociedade atual, além de colocá-las em vantagem no mercado de trabalho.

Idiomas

Em 2017, a Lei nº 13.415/2017 tornou o inglês obrigatório desde o 6º ano do Ensino Fundamental, até o Ensino Médio. Entretanto, nas escolas particulares a língua estrangeira muitas vezes já se faz presente nos primeiros anos da vida escolar da criança, com 2 e 3 anos de idade. Além disso, diversas instituições da rede privada de ensino são bilíngues, ou seja, ministram todas as matérias em outro idioma. Visto que, cada vez mais, o inglês se torna obrigatório ao se candidatar para um emprego, estudar em uma escola particular pode ser vantajoso nesse aspecto. 

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Conteúdos

Toda escola tem que seguir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que dita o que deve ser aplicado nas etapas de ensino. Porém, a forma como o conteúdo é abordado difere muito de colégio para colégio. É muito comum, por exemplo, observarmos escolas públicas apresentarem uma didática mais engessada. Já nas escolas particulares é mais fácil encontrarmos mais inovação e alternativas didáticas para apresentação do conteúdo.


Entretanto, em ambas instituições, a mesma metodologia que é ensinada para um é aplicada para a sala toda. Isso é prejudicial pois o que pode ser uma forma efetiva de ensino para um pode não ser para o outro.

Relação com a família

A relação com a família costuma ser maior quando as crianças estão matriculadas na escola particular. Isso se dá pelo fato de que a comunicação, normalmente, costuma ser mais assertiva e direcionada. Além disso, os responsáveis costumam ter mais interesse quando estão investindo na educação dos filhos. 


Vale ressaltar que a parceria entre escola e família é fundamental para o desenvolvimento dos estudantes. Por exemplo, caso os educadores encontrem certa dificuldade de aprendizagem em algum aluno, eles podem pedir para conversar com os pais e explicitar a situação para que juntos consigam encontrar uma solução. 


Além dos itens citados acima, ao escolher entre a escola pública ou a escola particular, é necessário levar em conta também outros fatores, como:

  • Vagas disponíveis;

  • Quantidade de alunos por professor;

  • Atividades extracurriculares, como: ida à museus e parques;

  • Recursos existentes na escola, como: laboratórios, biblioteca e áreas de lazer;

  • Desempenho em exames (Enem, vestibulares);

  • Atendimento oferecido ao aluno e a família.


Vale lembrar que esses fatores não se aplicam a todas instituições, cada escola, seja ela da rede pública ou privada de ensino, possui suas próprias particularidades.


Devo matricular a minha criança na escola pública ou na particular?

Esta resposta varia muito de acordo com a cidade onde você mora, a infraestrutura das escolas existentes, bem como a qualidade dos professores. Mas, hoje em dia, a rede privada de ensino da Educação Básica ainda se mostra mais vantajosa quando comparada à rede pública.

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Isso porque, a escola particular possui - na maioria das vezes - melhor estrutura; um número menor de alunos por sala de aula, facilitando o aprendizado; são mais tecnológicas e desenvolvem o aprendizado de uma língua estrangeira desde cedo. Além disso, uma pesquisa feita pelo IBGE, em 2018, aponta que 36% dos alunos que se formaram em uma escola pública entram no Ensino Superior. Já na rede privada, este índice beira os 80%. 

Resumindo, na hora de escolher em qual rede de ensino você deve matricular a sua criança, é preciso ponderar os prós e os contras de cada sistema e ver qual se aplica melhor às suas necessidades.